sexta-feira, 25 de julho de 2014

Medir o efeito de tratamento (intervenção)

Quando pretendemos avaliar um efeito ou intervenção, frequentemente fazemos o seguinte erro: comparamos o resultado do efeito ou da intervenção (outcome) com o estado inicial prévio à intervenção (baseline). A diferença será o efeito o efeito, certo? Errado. 
O efeito deve ser definido como: a diferença entre o que aconteceria se determinada intervenção fosse feita e se essa mesma intervenção não fosse efectuada -  em alguns ramos chama-se, também, contrafactual. 

Vejamos então o seguinte exemplo para melhor compreensão:
Um mecânico usa um óleo vegetal experimental há 5 anos nos seus carros (que após meia década de funcionamento começam a demonstrar sinais naturais de desgaste associados à idade do veículo). Se o mecânico for comparar o performance actual dos veículos (outcome) com o performace antes da introdução deste óleo (baseline), pode verificar que o performance não só não aumentou como até diminuiu. Irá tirar a conclusão que o efeito do óleo vegetal não é benéfico. A conclusão estará obviamente errada uma vez que com o passar dos anos o performance que qualquer máquina tende a ceder, nem que seja, pelo princípio de obsolescência. Para fazer este estudo, o nosso mecânico precisaria de carros da mesma marca, número de Kms e ano de fabrico. Seguidamente  sujeitaria metade destes carros ao óleo vegetal e outra metade a um óleo regular recomendo. A diferença entre os performances seria o efeito do tratamento ou da intervenção.



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